ALDEIA TIPICA ALENTEJANA
Serão naturalmente, as casas de andar único,caiadas de branco,com molduras azuis nas portas e janelas, as estradas em paralelo de granito, tomamdo o lugar do alcatrão,os banquinhos de madeira à porta das casas onde inúmeras vezes se encontram amáveis senhoras que, ao passarmos nos dizem "Boa Tarde" apesar de não nos conhecerem, ruas limpas, ordenamento do território, pessoas simpáticas, organização cultural e recreatica, nomeadamente as famosas "Casa do Povo", estas são entre outras, características que associamos sempre ao Alentejo.
E naturalmente sentir aquela ar, aquele ar de espírito, o modo de vida tipicamente Alentejano..
Panoias |
(Artº de:-Aldeias, Pelos Caminhos de Portugal-25-05-2006)
A Loja da Aldeia
Por todo o Alentejo, os pequenos estabelecimentos de aldeia vendem de tudo,desde a mercearia ao calçado, das roupas aos pregos e cereais, passando pela carne de porco e os electrodomésticos.Nos nantigos tempos das « crises de trabalho», todo o lojista tinha o «borrão» ou «livro de assentos» onde ia apontando os nomes dos que, por não auferirem qualquer salário, tinham de «levar fiado»
Quando arranjavam emprego, com o primeiro dinheiro que recebiam, iam imediatamente pagar a conta, pedindo ao comerciante para os «derrisar».
Sempre havia quem constituisse excepção, fosse amigo de «ferrar o cão», pelo que o povo, na sua sábia filosofia, compôs a seguinte quadra:
«Nesta coisa dos fiados,
Duas coisas acontece;
Fic`à gente sem o dineiro,
E o freguês....desaparece!!!!!!!!
e também esta frase humorista, que tive oportunidade de ler no estabelecimento da Tá Ventura,da aprazível vila de Nisa:
«Só se fia a pessoas com mais de 90 anos mas....acompanhadas de seus pais. Do livro :- MOTIVOS ALENTEJANOS de João Ribeirinho Leal)
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AS NOSSAS CASAS CAIADAS
É o espaço aberto que parece não ter fim. São as côres e os cheiros que brotam da terra. É a inconfundivel traça da arquitectura rural, presente nos "montes" das grandes herdades, no casario mais antigo das cidades, vilas e aldeias ou nas ermidas que pintam de branco o alto dos cabeços. É o que se lê nas formas de ser e de fazer, nas artes que se conservam e se renovam, na tradição que se mantem e se recria,no "cante" que, que alma e coração, só os alentejanos sabem cantar.
Ao longo da sua viagem vai descobrir o grande exemplo de sabedoria que é a arquitectura tradicional. As construções integram-se na paisagem como se dela fizessem parte,utilizaram materiais e soluções adaptadas ao clima e á função e formaram conjuntos naturalmente equilibrados que, ainda hoje, são fonte de inspiração para as intervenções contemporâneas.
No Norte Alentejano são incontornáveis as Vilas de Marvão e Castelo de Vide, esta última com a Judiaria mais espantosa de toda a região.. Mas veja também Alegrete dentro e fora do Castelo, a minuscula Flor de Rosa, o centro histórico de Vide e Alter Pedroso.
No Alentejo central .é obrigatório conhecer as três joias patrimoniais que são Evoramonte, Terena e Monsaraz.Como exemplo de uma vila viva e bem cuidada, visite Redondo. Como paradigma de recuperação de uma aldeia totalmente abandonada, S.Gregório no sopé da Serra d`Ossa.
No Baixo Alentejo, destacam-se os centros históricos de Alvito, Serpa e Mértola, cada um com o seu ambiente especifico, mas também o casario antigo de pequenos lugares como Vila Alva, entre Alvito e Cuba, Casével e Aivados, junto a Castro Verde, e a bela Messejana, a dois pasos de Aljustrel.
No lioral Alentejano, três pequenas aldeias, com enquadramentos muito diferentes, são o suficiente para mostrar, a qum passa férias nesta zona por causa do sol e mar, que vale a pena descansar da praia de vez em quando e dar uns passeios pelo interior. Santa Susana (Alcacer do Sal), Lousal (grandola) e a serrana Vale Santiago(Odemira).
Sempre que percorrer uma aldeia, procure identificar as caracteristicas mais marcantes da arquitectura rural: as casas só com umpiso terreo; as paredes grossas e com poucas aberturas, tradicionalmente construidas em taipa, solução sábia para com poucos meios, conservar o calor no Inverno e a frescura no Verão; as enormes chaminés, por vezes mais altas que as casas, por onde saiem os fumos das lareiras que aquecem as noites frias e curtem chouriços caseiros; o lugar priviligiado que ocupa a cozinha; o forno do pão, por vezes comum a toda a aldeia, com a sua inconfundível forma abobadada; a textura das paredes exteriores e interiores que, ano a ano, as mulheres vão cobrindo com novas camadas de cal; e os coloridos rodapés que, nos velhos tempos, se pintavam predominantemente de ocre e de azul.
(artigo extraido da Internete- As nossas Casas Caiadas- Turismo do Alentejo)
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